Meu mundo...minha arte... minha rede... e o meu silêncio

Não te vás!

Saia escarlate ao chão... jaz a luz à cabeceira
amantes vontades rasgando véus
silhuetas famintas, inflamadas carnes ao léu
mãos que não se calam... o vinho é servido.

Pairam perfumes inundando o leito, gota a gota
regando feiticeiras bocas... rubra conspiração
desobrigadas taças... sorvido molho.

Resgatada pele, rotas pernas abraçando a paixão
inútil fuga... empossados céus.
demasiado tarde... é morta, a solidão.

Fica assim... no meu ultimo olhar, a miragem
diluindo silêncios, estremecendo a rede.

Assim ficas tu! esculpido em secreto poema
a dançar dentro de mim... Oh! túmido delírio
Não te vás!
MiriamLiUm fio de ouro... outro de cinza - afresco grafite em pó.
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