Depois de ti

  Jazem tulipas, nas vísceras da espera
  Fraca, minto sorrisos, escondo beiços        dormentes
  quietos, envelhecem secretas lembranças

   desvio desconhecidos olhares
   guardo berros calados
   arrasto braços sem abraços   
   enquanto sorvo inodoras flores, tingidas.

   Socorre-me a lua nas madrugadas vadias
   iluminando a presença da tua ausência
   mostra-me o espelho, que me foge a vida
   ainda encharcada de sonhos

   No silêncio dos desejos, quieta
   estapeio a realidade, estremeço, e
   tento não sofrer, depois de ti.
   Amanhã não sei...
   Miriam Li/Braga

acrílica/mdf (75 x 60)


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