Não te vás!

Não te vás! 

Saia escarlate ao chão... jaz a luz à cabeceira
amantes vontades rasgando véus
silhuetas famintas, inflamadas carnes ao léu
mãos que não se calam... o vinho é servido. 

Pairam perfumes inundando o leito, gota a gota
regando feiticeiras bocas... rubra conspiração
desobrigadas taças... sorvido molho. 

Resgatada pele, rotas pernas abraçando a paixão
inútil fuga... empossados céus
demasiado tarde... é morta a solidão. 

Fica assim... no meu último olhar, a miragem
diluindo silêncios, estremecendo a rede 

Assim ficas tu! Esculpido em secreto poema
a dançar dentro de mim... 
Não te vás! 

MiriamLi/Braga

Grafite em pó/eucatex (90 x 60)

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