O homem visita o homem
A súplica muda imóvel na estampa dourada
sustenta o silêncio ancestral guardado
em experiências universais
Teu silêncio não me é estranho
também o arrasto, acorrentado na garganta
Há séculos nos olhamos
e quando olhares silenciam
o homem acorda
abre janelas na própria prisão
Cada olhar é um verso esculpido no espelho quebrado do tempo
um convite para visitar a própria memória
o homem visita o homem
e descobre que também é hóspede
visitante em si mesmo
Miriam Li/Braga
Pintura premiada
XIII Salão Internacional de Artes Plásticas
Proyecto Cultural-Brasil/2004
acrílica/tecido/colcha matelace (100 x 70)
https://www.instagram.com/olharesdaminhaalma?igsh=Y2hycHFpc2VtaGIz