O homem visita o homem

O homem visita o homem 


A súplica muda imóvel na estampa dourada 

sustenta o silêncio ancestral guardado

em experiências universais 


Teu silêncio não me é estranho

também o arrasto,  acorrentado na garganta 


Há séculos nos olhamos 

e quando olhares silenciam

o homem acorda

abre janelas na própria prisão 


Cada olhar é um verso esculpido no espelho quebrado do tempo

um convite para visitar a própria memória 


o homem visita o homem 

e descobre que também é hóspede

visitante em si mesmo

Miriam Li/Braga 


Pintura premiada 

XIII Salão Internacional de Artes Plásticas 

Proyecto Cultural-Brasil/2004

acrílica/tecido/colcha matelace (100 x 70)

https://www.instagram.com/olharesdaminhaalma?igsh=Y2hycHFpc2VtaGIz



Resto do Post

Não te vás!

Não te vás! 

Saia escarlate ao chão... jaz a luz à cabeceira

amantes vontades rasgando véus

silhuetas famintas, inflamadas carnes ao léu

mãos que não se calam... o vinho é servido. 


Pairam perfumes inundando o leito, gota a gota

regando feiticeiras bocas... rubra conspiração

desobrigadas taças... sorvido molho. 


Resgatada pele, rotas pernas abraçando a paixão

inútil fuga... empossados céus

demasiado tarde... é morta a solidão. 


Fica assim... no meu último olhar, a miragem

diluindo silêncios, estremecendo a rede 


Assim ficas tu! Esculpido em secreto poema

a dançar dentro de mim... 

Não te vás! 


MiriamLi/Braga

Grafite em pó/eucatex

(90 x 60)

https://www.instagram.com/olharesdaminhaalma?igsh=Y2hycHFpc2VtaGIz


Resto do Post

Insuficiente vontade

Insuficiente vontade

Resto do Post


Insuficiente vontade 

Transitando silêncios, sem passos, penso
nada há além do hábito que habito, inválido
resfria a antiga pele sensível sob o lenço 

desapareço
indiferente... quieta, atravesso o tempo 

negro sol golpeia a poesia, pálido 
sombreia a espera... morena luz fria 
lentos versos requebram ao relento 

finjo não ler o último recado da nova lua
insinua um poema, serena mentira balbucia, nua
sacrifica segredos, prateia promessas, brinda à folia 

exijo perfumes, ajoelho... arremesso a tiara 

insuficiente vontade irriga o meu olhar
entorpece a menina, escorre... atiça a taça vazia
tinjo a lanterna... inspiro o espelho, absolvo a intriga 

Estremeço
rasgo a vidraça... inquieta, clara noite eterna me espera.
Repenso.
Miriam Li/Braga 

grafite em pó/verniz/eucatex

Camuflagem

Camuflagem 


Pareço bela, mas meus olhos já não sorriem

não prosseguem a travessia, não sou 


sou folha de outono, à beira da paixão 

Roo a fatalidade do destino

tenho a alma dilacerada em cor

cada traço uma ausência 

cada dor um desejo abatido 


Perdida no corredor das lembranças

me rendo às tintas 

e as mãos que sabiam meu ser

hoje não sabem onde pousar 


Um tremor sem calor atravessa 

o poema sem rima que escorre de mim 


A noite me toma

me entrego

revivo nas rendas do meu vestido cor mel. 


Miriam Li/Braga 

Acrílica, esmalte/eucatex

(90 x 60)

https://www.instagram.com/olharesdaminhaalma/

Resto do Post

Exílio do olhar

Exilio do olhar 

Não há consolo nem promessas
Não há pregos nem martírio
Há recusa, no olhar que se ausenta de si
vazio suspenso de olhos que não querem olhar 

Berros calados ressoam no abismo íntimo de ser
esgotam a última gota do pranto contido 

Uma viga de madeira pendurada
sustenta a ausência 
não exige fé, não oferece perdão 
reflete súplicas, culpas rasgadas em
confissão 

O rosto que nela repousa, não se doa e nem se explica
Inerte na dor que já não clama
sem escuta, apenas recusa 

Roupagem antiga para feridas eternas,
o silêncio que brota da cruz silencia o abandono do olhar nela pendurado 

E, ali, onde o olhar se exilou do mundo, a cruz não redime — vazia de olhar, revela:
somos todos rostos pendurados
no silêncio da cruz que escolhemos não ver.
Miriam Li/Braga 

Técnica mista 
Acrilica-grafite em pó/madeira
(95 x 75)

Engenha-me

Engenha-me

És tu!! Só tu, que vagueias em mim
Que me acendes à distância quando o sol, vencido, desaba nos vãos da noite e a lua, silente, espia

Faz de mim o que quiseres - só tu!!
Com tuas mãos, que conhecem a melodia do meu silêncio
me recrias ao teu querer
desenha=me com a tua boca de promessas não ditas
Sou pétala entreaberta ao orvalho dos beijos teus

Faz=me carne viva do teu sonhar desperto
desvenda a pele do meu desejo
tenho poros querendo transpirar
há um grito calado, querendo gritar
refaz=me com fios de lembrança antiga
geme meu nome com sofreguidão

Se não o fizeres, não sou
 Se me chamares, eu vou
 Miriam Li/Braga


afresco/grafite em pó
(2,15 x 1,15)



Resto do Post

Espelho, espelho meu...

Espelho, espelho meu...

Quando criança, eu brincava no pátio da nossa casa
caminhava olhando para baixo, para o espelho que trazia à  altura da cintura...assim, me sentia caminhando entre nuvens   e, às vezes, vencida por desejos, esperava anoitecer para   caminhar entre estrelas e acariciar a lua 

Em mim habita o céu da infância antiga
A nuvem é memória que me abriga

Bebi da fonte da sabedoria primeira
enquanto com carvão, evidenciava deslumbrantes olhares nas paredes protetoras do porão
guardava para mim, a descoberta da inversão das cores em películas herdadas

Nas paredes, a luz e a sombra se agigantavam insólitas, sem mediação ou ilusão
imagens vivas da intenção pensada
desobediente à regras, modelos, teorias

A autoria questionada, um duelo cruel
"isso não é arte", "isso não é teu"...

Sou mulher em estado bruto, feita de silêncios
Indiferente a julgamentos, assumo e assino os Olhares da minha Alma
domino as técnicas de desenho e pintura que desenvolvi
não sou canal, sou nascente, sou raiz que rasga o chão

Palavra inteira, não me curvo ao mito ou ao altar, é pura confissão
Autora viva a se autorrevelar
não visto o véu de fada, nem manto de sacerdotisa

O silêncio do rosto que me olha do espelho, confessa
Espelho, espelho meu...
Eu sou ela, ela sou eu.

Miriam Li/Braga
Afresco/grafite em pó (75 x 45)

Resto do Post

Páginas de silêncio

Páginas de silêncio

A pupila do tempo me encara, exposta
desvendo meu retrato nas fendas sutis de rostos frágeis
bordo a dor com cor de perdão, quase sem fala 

A luz do fim de tarde me parte e reparte
mostro-me em fases, sou lua na rua
ferida, me escondo feito miragem nua

O silêncio também é arte, daquelas que não se pendura
arte que me escapava como segredo

Perdura no papel destinado, um ateliê de palavras, não um grito
pendurado no mundo, o que era entre nós dois
No caminho, uma ponte desfiada sobre o verniz escorregadio da dúvida

Meus olhos já não choram, quando as luzes se apagam
estou onde meu pensamento adormece
páginas e páginas de silêncio repleto de mim, sem eco, vazias de fim...
Miriam Li/Braga
afresco/ grafite em pó (1,40 x 85)

Homenagem póstuma; Poema para o Poeta português, Fernando Oliveira -

Um lê, o outro olha

Abre-se um portal do universo
um respiro no meu silêncio
Celebro o poeta que se faz belo na poesia confessa
demora-se em douradas letras sentimentais

Entrelaçados pela arte, tecemos a trama da realidade
com a força das palavras e a magia das pinceladas

Nossos mundos se tocam, feito laços
há um mundo consentido, tão nosso
entre teus rascunhos e meus traços
És verbo, sou imagem
no encontro entre teu verso e o meu gesto
a poesia tem olhos e a pintura, linguagem

Teu português é antigo, como pedra e mar
meu olhar, novo como chuva no papel
o rosto que me olha da tua escrita
é o mesmo que me pede cor e pista

Tua poesia é um circulo onde o tempo se dobra
minha pintura, uma janela onde o silêncio sobra
Na tua rima, há abismos e véus
na minha tela, há rostos buscando céus

Tua voz é vento que dobra o jardim
meu pincel, um pulso trêmulo de marfim
Num oceano de tinta e palavras pulsam versos com cor de sonhar
sufocam o queixume do falso abandono poético pictural
Um adeus que nunca foi dito

Os dois, somos poetas e pintores,
O teu silêncio escreve, o meu retrata
Um lê, o outro olha.

Miriam Li/Braga


São três horas



Resto do Post


São três horas
na lembrança repousa o instante
tem a pele do segredo
tímido de enredo, insiste na fuga

A memória é gesto do passado

A saudade murmura suas lutas
envelhece o retrato
fiel, cambaleia sem alento
às portas da madrugada, vive

A verdade clareia à noite
despe a ilusão, inspira a palavra
cisca a lágrima perdida

Nuvens em céus líquidos, somos nós
São três horas.

 Miriam Li//Braga

acrílica/ papel camurça ( 60 x 40 - cada)

Poema para Van Gogh



Resto do Post

Poema para Van Gogh

Um trêmulo sussurro de girassol
ecoa na ventania estática

O silêncio do pincel risca a tristeza
dilui o pranto em noites estreladas
a cadeira repleta de ti, grita a quietude da dor

O horizonte curvado beija o chão dourado
aprova o cancioneiro de corvos sobre o trigal

A noite desce afetuosa vestida de estrelas
emoldura a colina
ao sabor do teu límpido olhar

Na clausura da arte, excede o silêncio
rende-se à arte pela arte, simplesmente
floresce o jardim dos poetas.

Bem-aventurado silêncio que nos credita.
                                                                            Miriam Li/Braga

afresco em grafite em pó (35 x 30)

Olhos sobre tela

Olhos sobre tela

O meu olhar, sob o véu do silêncio, diz
pranteia ao luar de céus noturnos
encontra morada, é firmamento
esparrama versos calados, namora
em ti permanece, em olhos sobre tela

Sobre tela é espelho, é cortina
autoriza e dá o tom, o meu olhar
estampa instantes da íris menina, cresce
sanguínea mulher, quer
ora míngua, esquece

Este meu olhar, nu
areja a liberdade que povoa meus sonhos
inocenta a rudez de pegar-se de palavras
eleva a ponte do distanciamento
parto sem dor.
Miriam Li/Braga

Acrílica/lona (40 x25)

A te procurar


A te procurar

Sempre quando eu venho aqui
um vazio quase morte serpenteia envolvente
leio letras de saudade, saudade em letras
versos tontos de amor
alço voo fulminante, a te procurar

Volta e meia lanço rezas, inválidas
Meia volta... se morrer é preciso
preciso morrer assim, de amor
a te procurar...
antes que o dia aconteça.
Miriam Li/Braga

acrílica e grafite em pó/ mdf (75 x 60 )


Ainda ontem, era amor

Ainda ontem, era amor

Meu corpo se agita à fina força
cruzo os braços frente a meu destino
em aposento cheiroso sonhei sonhos, anelados
era amor à flor da pele, ainda ontem

A distância se aproxima, cruel
Abro a janela real
avisto abismo sedento, tão perto
beijadas pétalas abandonam o buquê

Um arrepio norteia o meu olhar, além-mar
Agarro-me às pétalas de um verso sem cor
verte um pranto mudo, magoado
pulsa uma dor sem corpo, caio por terra
um sonho perdido anoitece em mim.

Miriam Li/Braga

acrilica /mdf ( 75 x 60)

Resto do Post

Sob o mesmo sol de um arco-íris

               Sob o mesmo céu de um arco-íris

               Pairam perfumes à beira do amor
               Sob o mesmo céu de um arco-íris
               gotas de luz em dança dentro de mim
               desarmam o meu último olhar, inquieto

               A um passo do horizonte
               há um silêncio consentido, crucial
               um sorriso golpeado

               Confronto o arco-íris, face a face
               jorram brutais verdades, nuas
               A meia-voz entoo sonatas contidas em
               aventurado pote de liberdade, dourado

                Estendo a mão...
                Abraço a diversidade de bem-querer e
                a inocência de simplesmente ser, humano.
                Miriam Li/Braga  
                
                acrílica/papel camurça (60 x 40)
         

Não quero viver, amanhã

Não quero viver, amanhã


Sabes que não quero viver, amanhã

sem o teu olhar no meu, a cada manhã

Se ontem vivi e teus olhos me dizem

o quanto te importo, hoje

Amanhã não quero viver.


Noites sem luar, sóis sem calor

Meu olhar se afasta para longe

tão perto ontem, hoje não quero viver, amanhã


Quando o amanhã raiar

em fuga ficarei no hoje, eternamente

entre os olhares da minha alma e

os amores que aqui eu deixar, hoje.


Não quero viver, amanhã.

Miriam Li/Braga


Grafite em pó/duratex (100 x 65)

https://www.instagram.com/olharesdaminhaalma/


Resto do Post

Além da meia noite


Resto do Post

 Além da meia noite

Calada é a noite, além da meia noite
quando o meu olhar no teu desaba, deságua
qual rio caldoso em leito cordial
acordam estrelas, cadentes resvalam errantes
Seduzem solteiros olhares ao sabor da ilusão

Meia noite, noite e meia, além
Meias noites sem juízos além da meia noite

Mentirosa lua vagueia à toa, promessas vãs...
Tarde demais, a noite cai no dia, além
Ordinário sol.
Miriam Li/Braga







acrílica/mdf ( 75 x 60)


  Depois de ti

  Jazem tulipas, nas vísceras da espera
  Fraca, minto sorrisos, escondo beiços        dormentes
  quietos, envelhecem secretas lembranças

   desvio desconhecidos olhares
   guardo berros calados
   arrasto braços sem abraços   
   enquanto sorvo inodoras flores, tingidas.

   Socorre-me a lua nas madrugadas vadias
   iluminando a presença da tua ausência
   mostra-me o espelho, que me foge a vida
   ainda encharcada de sonhos

   No silêncio dos desejos, quieta
   estapeio a realidade, estremeço, e
   tento não sofrer, depois de ti.
   Amanhã não sei...
   Miriam Li/Braga

acrílica/mdf (75 x 60)


Resto do Post

Despedida




    Despedida


     Sofro vontades  perecíveis

     sensíveis, falecem 

      são tulipas na ventania


      Manso silêncio lunar, fiel

      vela a finda cerimônia


      Branda noite, despida de esperas

       sou despedida

       voltar, não prometi. (MiriamLi}








giz/MDF  ( 1,70 x 55 cm )
(em progresso...)

Resto do Post

/div>

Despedida


Despedida


Sofro vontades perecíveis

sensíveis, falecem

são tulipas na ventania


Manso silêncio lunar, fiel

vela a finda cerimônia


Branda noite, despida de esperas

sou despedida

voltar não prometi.


Miriam Li/Braga



acrílica /mdf (75 x 60)

https://www.instagram.com/olharesdaminhaalma/

Resto do Post

Agonia

(em progresso...)

A dor da lágrima calma...

não concluídas...
MiriamLi

Segredos do silêncio

Solitude... Miriam Li

Infinito fim...



A solidão do indigente olhar que espera, sou
folha de outono deitada à beira da ilusão
não mais que a ferida indulgente do sussurro traído

sou a dor da lágrima calma, trêmula
acalma a febre da finda noite, transborda
mudos risos, restos de mim, sou

o teu silêncio sofrido, o meu, partido
fragrância querida, ainda viva, em impune ausência
jaz tenro abraço, desconhecido beijo sinto

infinito fim...



MiriamLi

Às vistas grossas da morte


Obras resgatadas e em progresso...

Morro todo dia sem que a vida saiba...
Vivo todo dia às vistas grossas da morte... MiriamLi

Insuficiente vontade

Transitando silêncios, sem passos, penso
nada há além do hábito que habito, inválido
resfria a antiga pele sensível sob o lenço

Desapareço
indiferente... quieta, atravesso o tempo

negro sol golpeia a poesia, pálido 
sombreia a espera... morena luz fria 
lentos versos requebram ao relento

finjo não ler o último recado da nova lua
insinua um poema, serena mentira balbucia, nua
sacrifica segredos, prateia promessas, brinda à folia

exijo perfumes, ajoelho... arremesso a tiara

insuficiente vontade irriga o meu olhar
entorpece a menina, escorre... atiça a taça vazia
tinjo a lanterna... inspiro o espelho, absolvo a intriga

Estremeço
rasgo a vidraça... inquieta, clara noite eterna me espera
Repenso.
Miriam Li/Braga

grafite em pó sobre eucatex (90 x 60) em andamento...
A Estranha - grafite em pó e acrílica/madeira (120 x 90)

No ano 2000 fiz a mais espetacular, desejada e feliz escolha da minha vida:
- a de nunca mais sair de dentro do mundo que criei para mim...
até que a morte me separe dos “Olhares da minha alma” e dos amores que aqui eu deixar.
Por livres e espontâneos desejos próprios, vivo sem sair à rua, salvo em ocasiões imperativas:

- porque adormeço e desperto numa cama de frente para o mar... mar que pintei na parede do meu quarto;
- porque adormeço numa rede que baila a cada pôr do sol e nas madrugadas vadias desperto iluminada pelo luar;
- porque no mundo que criei para mim... nas minhas paredes... os dias são ensolarados e as noites enluaradas;
- porque não estou brincando de viver e me permito vivenciar intensamente as minhas escolhas;
- porque cada pessoa é única, tem direito ao seu silêncio e tem desejos próprios;
- porque quando a noite vem e o meu olhar se alonga para além das janelas escancaradas do meu mundo, sinto
intensa dor, muda, sem corpo, só comparada à que sinto ao ver a cidade linda, ricamente enfeitada para as festas
de fim de ano e meus olhos não me obedecem, teimam e, antes que o meu olhar alcance o brilho dos fogos de artifício no céu e o colorido no alto dos prédios, dão rasantes pelas sarjetas, pela miséria das calçadas...
- porque
Cansei de morrer, tantas vezes morri...
antes do abraço, a um passo do encontro marcado, morri.
atravessei luas, cruzei sóis sem chegar a lugar algum, cansei.
cansei... de morrer, cansei!
Reles destino, omisso, deitou-me em mar de areia.
Anunciada solidão... estrelas marinhas, no olhar, bordei
vestindo silêncios, revestida de sonhos, secreta, voei.
ninguém me ouviu cantar... na sombra de um verso amanhecido, resplandeci
à beira de um beijo morto, sonâmbula, amanheci poesia.
Um sorriso latente a madrugada incendeia...
Morremos nós, eternamente.
-porque sou a outra... a bendita gêmea, maldita.
-porque... MiriamLi
Meu mundo...minha arte... minha rede... e o meu silêncio

Um fio de ouro... outro de cinza - afresco grafite em pó.
Parceria com o Poeta Fernando Oliveira - Pictural - Poesia - Pictural